sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Defesa de Colbert espera que ele seja solto nesta sexta-feira (12)

Colbert segue preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), em Macapá. A denúncia do MPF afirma que cerca de R$ 4,4 milhões foram desviados
Reprodução / Folha Online
A defesa do ex-deputado federal baiano Colbert Martins (PMDB), afastado do cargo de secretário nacional de Desenvolvimento do Turismo devido ao suposto envolvimento em um esquema de corrupção no ministério, apontado pela Polícia Federal na Operação Voucher, aguarda o deferimento do seu habeas corpus nesta sexta-feira (12).

O argumento para o pedido de soltura é o de que não provas nem a necessidade de mantê-lo encarcerado. O advogado do PMDB baiano, Manuel Nunes, contatado pelo Bahia Notícias, disse que a liberdade não foi expedida nesta quinta em virtude do Dia do Magistrado, comemorado no dia 11 de agosto, o que impediu o funcionamento das varas de Justiça.

“A expectativa é positiva, até porque os áudios gravados demonstram Colbert receoso de liberar [o dinheiro de uma emenda parlamentar do deputado Marcelo Castro]”, apostou. Em uma das gravações feitas pela PF, Colbert aparece em diálogo suspeito com o secretário-executivo Frederico Costa, considerado número 2 do Ministério do Turismo (MTur), também mantido preso.

Para o advogado, o entendimento do Ministério Público Federal do Amapá (MPF-AP) de que o acusado ofereceria riscos à investigação, pois poderia “dar fim” em provas, é “falacioso”. “Eles tiveram todo o tempo para recolher material e produzir provas. Essa medida é uma forma de constranger e antecipar uma possível pena”, apontou Nunes.

Colbert segue preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), em Macapá. A denúncia do MPF afirma que cerca de R$ 4,4 milhões foram desviados em contrataçõesrregulares feitas pelo MTur com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) para treinamentos de pessoal jamais realizados. Nesta quinta, a Controladoria Geral da União (CGU) determinou a quebra do sigilo bancário dos envolvidos e estimou que a apuração do caso pode levar até oito meses.

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