quinta-feira, 10 de maio de 2012

Diretora do HEC admite falha no atendimento a gêmeos prematuros


A diretora geral do Hospital Estadual da Criança (HEC), Edilma Reis, admitiu que houve falha no atendimento a dona de casa, Nildeci Barbosa da Cruz, que saiu do município de Mundo Novo, na última segunda-feira (7) por volta das 22h, em busca de atendimento para seus filhos gêmeos, que nasceram de forma prematura e necessitavam de cuidados especiais.
Edilma relatou que não havia vagas para os gêmeos no Hospital e disse que, como a médica viu que as crianças estavam bem, mandou que eles seguissem viagem. Apesar da falta de vagas, a diretora disse que faltou compromisso com a vida das crianças.
“Embora a médica tenha agido corretamente nós vamos apurar, pois existe a questão ética, o compromisso com a vida das crianças. Eu tenho a certeza que o HEC falhou. Nós deveríamos ter recebido essas crianças desde o primeiro momento”, afirmou.
A diretora do HEC informou que o caso será internamente apurado e que a médica e os profissionais envolvidos serão responsabilizados. O município de Mundo Novo e o médico que encaminhou os gêmeos também deverão ser notificados.
“Na verdade houve uma sucessão de erros. O município fez o transporte de forma inadequada e ilegal. As crianças deveriam ter vindo em uma incubadora de transporte e acompanhados por um profissional médico. As crianças chegaram aqui naquelas bandejas de inox de centro cirúrgico de forma totalmente inadequada”, afirmou.
Elas conseguiram atendimento no HEC na manhã de terça-feira (8). De acordo com a assessoria do hospital, elas passam bem.
Entenda o caso - A mãe, acompanhada dos filhos, buscou atendimento, primeiro no Hospital Estadual da Criança (HEC), mas não encontraram vaga. O mesmo se repetiu no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), no Hospital da Mulher e no Hospital Mater Day. Sem sucesso, decidiram seguir para a capital do estado, Salvador, em busca de atendimento. Foram no Hospital Geral do Estado (HGE) e em outros hospitais e receberam a notícia que, eles não poderiam ser atendidos , em Feira de Santana. Eles retornaram ao HEC e receberam outra negativa. Mãe e filhos percorreram cerca de 700 km em pouco mais de 10 horas, para conseguir atendimento.

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