A falta de infraestrutura das ruas e a ausência de serviços públicos como escolas, postos de saúde e transporte mais eficiente resultaram em um protesto ontem (16).
A líder comunitária Ronilda da Silva Machado Benevides vem lutando em defesa dos moradores do residencial. Ela conta que em quase todos os apartamentos há problemas da infraestrutura. “São casas com forros desabando, cercas mal acabadas entre outras situações", afirmou. Segundo ela, a Caixa Econômica Federal teria garantido aos moradores que colocaria uma empresa dentro do conjunto para fazer reparos e até agora isso não aconteceu.
Diante dessa situação explica Ronilda, os moradores decidiram protestar e vão deixar de pagar as prestações cujos valores estão entre R$ 50,00 e RS 160,00. “Estamos irredutíveis. Contratamos até um advogado e se for necessário vamos abrir um processo", afirmou.
Sem posto de saúde, coleta regular de lixo dentro do residencial, uma creche e escola para as crianças, os moradores dizem que se sentem abandonados pelo poder público. As unidades habitacionais não têm passeios e em algumas delas os quintais acumulam água que invadem os apartamentos.
A dona de casa Cristiane Alves dos Santos reclama da estrutura do forro de PVC do apartamento onde mora. Ela informou que o forro de um dos quartos desabou quando a mãe dela dormia. Para resolver a situação teve que pedir apoio a um vizinho que recolocou o forro. Com receio de um novo susto ela está dormindo na sala e teve que isolar o outro quarto que também está com o forro danificado.
Além dos problemas de infraestrutura, os moradores também estão preocupados com os preços exorbitantes das contas de água e luz. O Santa Bárbara é ocupado principalmente por mulheres solteiras, divorciadas e separadas. Elas sobrevivem do programa Bolsa Família do Governo Federal. A renda é muito baixa e não chega a um salário mínimo.
Por causa dos problemas nas redes de água e de energia, os recibos estão com valores altos para o padrão de vida dos moradores. Tem conta de água superior a R$ 200,00. Conta de luz de até R$ 100,00. Devido as condições financeiras dos moradores que não têm como resolver a situação, o fornecimento desses serviços está ameaçado.
A estudante Eliana de Jesus da Silva mora com o os pais e um irmão e também se queixa das contas de água e luz. Em uma delas a Embasa está cobrando R$ 209,00 e a conta de luz chegou com valor de R$ 100,00. Ela diz que não tem como pagar e pode ficar prejudicada.
A grande questão agora é saber quem vai ser responsabilizado por entregar um residencial sem condições de habitabilidade. A pressa para entregar a obra foi tão grande que o empreendimento não tem acesso oficial. O local onde deveria ser a entrada é um grande barranco. Os moradores improvisaram uma guarita de madeira e papelão a 100 metros do futuro acesso.
A grande questão agora é saber quem vai ser responsabilizado por entregar um residencial sem condições de habitabilidade. A pressa para entregar a obra foi tão grande que o empreendimento não tem acesso oficial. O local onde deveria ser a entrada é um grande barranco. Os moradores improvisaram uma guarita de madeira e papelão a 100 metros do futuro acesso.
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade
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