"Fiquei estarrecida ontem [quarta] quando vi gravações em uma televisão, a TV Globo, sobre o fato de que há outros interesses envolvendo a paralisação. Isso não é correto", afirmou a presidente durante visita às obras da rodovia Transnordestina.
O Jornal Nacional exibiu na noite de quarta (9) conversas gravadas com autorização judicial nas quais grevistas falam em queimar carretas e bloquear uma rodovia.
As gravações mostram também articulações para que a paralisação se estenda ao Rio de Janeiro, a São Paulo e outros estados. Os PMs envolvidos negam participação em ações violentas.
Dilma condenou a forma como os líderes da greve conduziram a paralisação na Bahia.
AnistiaA presidente também afirmou ser contra conceder anistia para grevistas que cometeram atos ilícitos. Perguntada sobre se seria favorável à anistia, ela afirmou:
"Eu considero que não é possível esse tipo de prática. Vai chegar um momento que vão anistiar antes mesmo de o processo grevista começar. Se houver manifestação, não deve ser condenada. Mas atos ilícitos não podem ser anistiados. Se anistiar, vira um país sem regra", declarou.
De acordo com a presidente, o governo federal participou "ativamente" de todas as operações nas quais o Exército atuou com a Força Nacional de Segurança, como acontece na Bahia. Segundo ela, o governo continuará a dar suporte aos governadores quando eles solicitarem.
"O governo federal prontamente vai agir em apoio aos governadores sempre quando eles peçam. Não podemos entrar sem a solicitação do governo. Em os governos solicitando, como ocorreu no Maranhão, no Ceará, nós teremos a presença garantida do governo federal", afirmou.
A presidente afirmou ainda aguardar com "expectativa" o fim da greve dos policiais militares na Bahia. Nesta quinta (9), os grevistas que ocupavam a Assembleia Legislativa da Bahia deixaram o prédio e passaram a discutir o fim do movimento.
"Estamos num momento especial do Brasil. É importante que, mais uma vez, formas democráticas de solução desse tipo de conflito sejam aquelas que de fato vão ser implementadas", disse.
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