segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sustentare pede prisão preventiva do prefeito e do secretário de Serviços Públicos

Ney Silva/Acorda Cidade |vereador Maurício CarvalhoO líder do governo namara Municipal, vereador Maurício Carvalho durante pronunciamento na sessão desta segunda-feira (27), acusou a empresa Sustentare (antiga Qualix), de provocar poluição ambiental. A empresa que administra um aterro sanitário foi notificada uma semana pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente por falta de condições técnicas para operar o equipamento e teve que interromper as atividades.

Ele disse achar estranho que a Sustentare tenha entrado com uma representação junto ao Ministério Público solicitando a prisão preventiva do prefeito e do secretário de Serviços Públicos Alexandre Monteiro. "Se isso é piada, é de mau gosto”, afirmou.

Na opinião do líder do governo se alguém tem que responder alguma coisa deve ser a própria empresa que estava operando o aterro sanitário. Ele informou que a Sustentare recebeu entre 2011 a fevereiro deste ano mais de R$ 4 milhões por serviços executados no aterro sanitário.

Segundo Maurício Carvalho as duas últimas faturas tiveram que ser depositadas em juízo por conta de reclamações trabalhistas de funcionários. “Essa empresa se arvora e diz que a Prefeitura está praticando crime ambiental e pede a prisão preventiva do prefeito e do secretário, mas crime ambiental quem cometeu foi a empresa”, afirma.

Emails
No pronunciamento, Mauricio Carvalho apresentou emails de Francisco Vieira funcionário da Sustentare. No documento, segundo o vereador, o funcionário relata a existência de crime ambiental de forma continuada e que a intenção da empresa é fazer teatro.

“A empresa finge está interessada na execução do problema não liberando os recursos necessários para tanto”, informa Maurício na leitura do documento. No entendimento do vereador os emails não deixam dúvidas de que o próprio funcionário reconhece prática de crime ambiental no aterro sanitário.

Terreno do aterro

Outro fato relatado por Mauricio Carvalho é um processo da comarca de São Paulo onde consta que a Sustentare dá como garantia de um débito o terreno do aterro sanitário no valor de R$ 50 milhões.

Para Maurício o que a empresa na verdade queria era criar um caos na cidade e por isso fechava o aterro usando o poder de barganha para deixar o município refém. “Perdeu a coleta domiciliar por inúmeras irregularidades. Como tinha o trunfo do aterro fechava só para Feira e recebia o lixo de outras cidades”, disse.

Em uma parte o vereador Ângelo Almeida disse que se existem vários atores cometendo crime ambiental e que um deles é a Prefeitura Municipal de Feira de Santana. Ele informou que entregou ao Ministério Público no ano passado uma denúncia contra a licença ambiental para o novo aterro e ao Inema - Instituto do Meio Ambiente - outra denúncia e concluiu que é crime esse novo aterro que está sendo feito por falta de um estudo de impacto ambiental.

O vereador José Carneiro em um aparte Lembrou que fez uma visita ao aterro da Sustentare em companhia de Roberto Tourinho e de Marialvo Barreto e que em contato com a direção da empresa ficaram convencidos de que o aterro estava funcionando de forma perfeita.“Fomos iludidos pelo senhor Domingos gerente daquela empresa”, afirmou.

Mauricio Carvalho informou ainda que a atitude do governo municipal em receber o lixo no seu próprio aterro sanitário foi uma atitude correta e elogiou a ação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente em determinar a suspensão das atividades do aterro. Maurício concluiu informando que a Prefeitura tem provas inequívocas e documentos de crimes ambientais praticados pela empresa.

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