terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Greve da PM afeta turismo e prejudica órgãos públicos na Bahia

A greve da Polícia Militar na Bahia provoca prejuízos ao estado, com perda de turistas e suspensão do funcionamento de vários órgãos da Justiça.  De acordo com estimativa da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens) da Bahia, 10% dos turistas que pretendiam visitar Salvador no verão já desistiram da viagem. Além disso, a embaixada dos Estados Unidos aconselhou, em nota, que os cidadãos americanos em visita ao Brasil adiem qualquer "viagem não essencial" a Salvador.

Os três níveis de Justiça na Bahia (Estadual, Federal e Trabalhista) não funcionaram ou encerraram o expediente mais cedo. Os prazos processuais também foram suspensos e os tribunais passaram para regime de plantão apenas para os casos urgentes. O mesmo ocorreu com as três vertentes do Ministério Público.

Na Defensoria Pública do estado, o expediente terminou às 17h, e na Defensoria Pública da União, foram atendidos apenas os cidadãos que já estavam na sede do órgão até as 14h, assim como os casos urgentes envolvendo questões criminais, de saúde e questões decorrentes do movimento grevista.

Confrontos
Nesta segunda-feira (6), ocorreram dois tumultos em frente à Assembleia Legislativa da Bahia, quando os parentes dos grevistas amotinados reagiram contra a colocação de tapumes em torno do prédio. Isso fez com que os militares não prosseguissem com o isolamento do local. Houve também o disparo acidental de uma bomba de gás lacrimogênio, segundo o Exército.

Em várias regiões de Salvador, a greve dos PMs e a presença de tropas das Forças Armadas e da Guarda Nacional mudaram a rotina dos moradores e comerciantes. Na comunidade de Pau Lima, na periferia da cidade, uma moradora, que não quis se identificar por questões de segurança, disse à Agência Brasil que muita gente do local prefere ficar em casa até que a situação se normalize.

No bairro da Pituba, na região praiana, grande parte do comércio manteve as portas fechadas e as lojas que abriram só funcionaram até as 16 horas, permitindo que os empregados saíssem mais cedo. Os comerciantes também temem que seus estabelecimentos sejam saqueados.

Também nesta segunda, a Avenida Paralela, uma das principais vias da cidade, foi bloqueada por ônibus atravessados na pista por desconhecidos que renderam os motoristas, obrigando-os a abandonarem os veículos no local. A ação tumultuou o trânsito na capital baiana. Esses bloqueios têm ocorridos em outras vias de Salvador e duram em média uma hora.

Com informações da Agência Brasil.

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