quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Targino mostra saco de moedas na Assembléia

Na polêmica votação da reforma do plano de saúde dos servidores do governo da Bahia (Planserv), nesta quarta-feira (31/08), na Assembleia, a chapa esquentou. O deputado estadual Targino Machado (PSC) levantou um saco de moedas, durante um discurso, para insinuar que seus colegas foram comprados para dar voto favorável. A proposta do governo Jaques Wagner, rejeitada por opositores e organizações trabalhistas, sugere a cobrança extra por consultas e procedimentos médicos que ultrapassem um patamar pré-determinado. O governador petista queria limitar o número de consultas a seis ao ano, mas houve pressões para que elevasse o patamar para dez. “Não acho que seja de graça que deputados votem contra interesses do povo. Quanto o governo está gastando com cargos e benesses para os deputados?”, acusa Targino Machado (PSC). O deputado critica a urgência do projeto do governo petista e acrescenta que nem mesmo o ex-governador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), com fama de autoritário, tentou mudar os direitos dos servidores. “Quis dizer que a Assembleia Legislativa gasta mais de R$ 300 milhões por ano e é improdutiva. Pode acabar e não fará falta ao povo da Bahia. Infelizmente, aqui não se vota nada de interesse do povo. Os deputados são impedidos. Vota-se somente títulos de cidadão, os chamados títulos "puxa-saco". O governo mandou um projeto cruel, que nem o ditador-mor, Toninho Malvadeza (apelido dado a ACM por opositores), teve coragem de fazer”, ataca. Targino afirma que não teme uma representação dos colegas, por ter insinuado a venda de votos em plenário. "Não tenho medo de cara feia", reage, citando o artigo 84 da Constituição do Estado, que garante a inviolabilidade do discurso. Segundo o Site Terra, o deputado Targino Machado não goza de credibilidade entre os colegas, além de ter reputação de "histriônico" e "agressivo".

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