segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Agentes do Conjunto Penal fazem manifestação e impedem a entrada de presos

Os agentes penitenciários do Conjunto Penal de Feira de Santana iniciaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (31) contra uma decisão judicial que determina a condução de todos os presos flagranteados para o conjunto.
A decisão entrou em vigor deste o último dia 18, quando a carceragem do Complexo Policial Investigador Bandeira foi interditado devido ao estado que ficou após uma rebelião.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Cerca de 60% dos agentes participam da manifestação e impedem a entrada de novos presos no Conjunto Penal. Nesta manhã, seis suspeitos de praticar crimes na cidade foram apresentados naDelegacia de Polícia e levados para o Conjunto, mas foram conduzidos de volta da à delegacia após serem barrados.
Diretor do Conjunto P, enaEdmundo (lMemeri Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
Segundo o diretor do Conjunto, Edmundo Memeri, o presídio está com cerca de 200% de presos acima da capacidade. Além disso, ele informou que quatro dos oito pavilhões serão interditados para fazer uma reforma. A capacidade do Conjunto penal é de 304 detentos, mas abriga atualmente mais de 800. São mais de 200 presos por pavilhão, que tem capacidade média para brigar 30 pessoas.
Segundo Edson das Virgens, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Feira de Santana, muito tempo as autoridades foram alertadas sobre a superpopulação carceragem.
“Com a reforma dos quatro pavilhões e a interdição no Complexo Policial, notadamente vai ficar mais de 200 homens em um pavilhão . Isso é uma bomba preste a explodir”, observa o sindicalista.
Edson disse ainda que os detentos fabricam armas artesanais e que a superlotação é perigosa para os 56 agentes que atuam no presídio. Para o diretor do sindicato é necessária a nomeação de mais 70 agentes para atuar na unidade.
Edmundo Memeri disse que a situação pode colocar em risco a integridade física dos agentes penitenciários, além de instigar briga entre presos e grupos rivais que podem provocar a destruição do patrimônio público.
“Vamos ter apenas quatro pavilões, durante a reforma. E onde cabem 150 pessoas vamos colocar 900”, contabilizou o diretor explicando que a reivindicação dos agentes.
Foi marcada para a tarde desta segunda-feira uma reunião entre os agentes e a Defensoria Pública para discutir a aceitação de novos presos pelo Conjunto Penal.(Com informações do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade).

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