sexta-feira, 22 de julho de 2011

Glaucoma: Diagnóstico precoce pode evitar cegueira

Reprodução | Liliana CruzA Doutora Liliana Cruz especialista em glaucoma, explicou no Programa Acorda Cidade na manhã de quarta-feira, (20), sobre as causas, sintomas e tratamentos do glaucoma ocular, que na maioria das vezes é hereditária e atinge pessoas acima dos 40 anos, mas também pode atingir criança e jovens.

“Algumas pessoas com doenças como diabetes, por exemplo, tem chances maiores de desenvolver a doença. Existem crianças que nascem com o glaucoma. Existe também o glaucoma juvenil que costuma ser mais agressivo”, afirmou.

O glaucoma é uma doença que altera o nervo ótico com elevações e pressões intra-ocular e alteração do campo visual. “Hoje sabemos que existe glaucoma que não tem elevação, depressão intra-ocular, que é o glaucoma de pressão normal”, disse.

Ela afirmou que os pacientes que possuem a doença em estágio avançado vão perdendo o campo visual. “Elas têm uma visão tubular, como se tivesse olhando dentro de um canudo, então precisam ficar atentos para atravessar a rua, por exemplo.”

Segundo a especialista, é importante fazer a consulta oftalmologica, pelo menos uma vez ao ano, que a doença não costuma apresentar sintomas. “O paciente não tem dor, não sente nada. Ele só vai descobrir a doença em fases muito avançadas, quando perdeu a visão.”

Apenas 10% dos pacientes podem ser acometidos com o tipo de glaucoma agudo fechado, apresentando sintomas como dores e náuseas. A especialista afirmou que o glaucoma pode ser tratado, primeiramente, de modo clínico, através do uso de colírios, e posteriormente de modo cirúrgico.

“Os colírios são caros, mas a população de Feira de Santana está sendo beneficiada através da 2ª Dires. O tratamento cirúrgico é indicado para pacientes com estado mais avançado e também para aqueles que não tem condição financeira para usar o colírio”, salientou. Liliana lembrou ainda, que as lesões que foram acometidos não têm tratamento.


Glaucoma e catarata

A doutora Liliana Cruz também explicou as diferenças entre o glaucoma ocular e a catarata. Segundo ela, a principal diferença é que o glaucoma produz a cegueira irreversível e não apresenta sintomas visíveis, enquanto a catarata tem cura e é possível identificar os sintomas ao olhar nos olhos do paciente.
De acordo com Liliana, o paciente que apresenta as duas complicações precisa de uma boa avaliação médica para fazer o tratamento. “Nesse caso precisa ser bem avaliada a situação do glaucoma, porque as vezes ele está bem avançado. Dessa forma, o paciente vai fazer a cirurgia de catarata, mas não vai voltar a enxergar por causa do glaucoma”, concluiu.

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