sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Construtora está em negociações com investidor e busca empréstimo em instituição financeira (18.08.11)

A R. Carvalho está próxima de fechar um acordo com um investidor e também um empréstimo junto ao banco Safra. Reuniões em São Paulo foram mantidas por dirigentes da empresa com o possível investidor e dirigentes do banco, informou o advogado Roberto Cajado de Menezes, que representa a construtora, durante a sessão especial realizada na Câmara Municipal, nesta quinta-feira (18).


“Fizemos uma reunião ontem com este investidor. Está bem adiantada uma negociação para a retomada das obras. Considero a proposta viável, mas discutiremos com os proprietários da empresa. Em 15 ou 20 dias, devemos retomar a continuidade de 10 empreendimentos”, disse o advogado.

Ele também tranqüilizou clientes da R. Carvalho que se encontram na expectativa da conclusão de conjuntos habitacionais. “As unidades alienadas à vista ou sem interferência de financiamento, obrigatoriamente serão edificadas. Estamos trabalhando com esse planejamento”, afirmou.

Segundo ele, um conjunto de fatores “minou” o fluxo de caixa da R. Carvalho, inclusive os mais de 30 dias de greve dos operários, no primeiro semestre. “Atrapalhou a execução do organograma de obras”. O advogado disse que a intenção da empresa, de agir corretamente perante seus compromissos, pode ser verificada através da atitude da R. Carvalho: “Dez dias antes de a crise eclodir a empresa efetuou pagamentos da ordem de R$ 30 milhões, o que revela a sua boa fé”.

O representante do Sindicato dos Trabalhadores em Construção Civil presente à sessão especial disse que uma parte dos 5.200 operários demitidos ainda não receberam salários de junho e que também foi detectado ausência de depósitos do Fundo de Garantia do Trabalhador (FGTS) por parte da empresa.

O advogado disse que estancar o passivo trabalhista junto aos trabalhadores foi a prioridade da empresa. Ele fez um relato das negociações envolvendo o pagamento dos salários, fornecedores e acordo com os operários, nos últimos 45 dias. “Fizemos primeiro contato com o Ministério Público do Trabalho. A R. Carvalho se comprometeu de efetuar o pagamento dos salários. Não havia quadro definitivo da situação financeira da empresa e uma decisão liminar colocou bens em indisponibilidade, além do bloqueio de valores que seriam recebidos pela construtora”, lembrou.

Disse que foram feitas propostas para formalizar pagamento de 60% da dívida com os trabalhadores, mas a proposta não foi aceita. “Propusemos a retirada do aviso prévio, isto também não foi acatado”. Quanto aos depósitos do FGTS, “aquelas contas que estejam apresentando esse problema estão recebendo os devidos valores”.

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